Tesouro Direto ou CDB? Qual o melhor investimento de 2025?

Veja qual opção pode ser mais interessante para quem ainda quer começar a juntar dinheiro.

Publicado em 05/11/2025 por Rodrigo Duarte.

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Começar a investir e guardar dinheiro é muito importante e não deve estar vinculado a um calendário. Muitas pessoas preferem iniciar esses projetos no começo do ano, junto com todas as outras resoluções que fazem na virada. Mas, na verdade, o final do ano pode acabar se tornando um momento muito interessante para começar a investir.

Tesouro Direto ou CDB? Qual o melhor investimento de 2025?
Créditos: Divulgação

É nesse período que muitos trabalhadores recebem um importante reforço financeiro, o pagamento do 13º salário. Isso significa que, caso as pessoas não tenham comprometido esse valor antecipadamente, pode ser uma boa quantia reservada para iniciar um investimento, por mais simples que ele possa ser.

E, para quem está começando e possui um perfil mais conservador — ou seja, que deseja guardar o seu dinheiro com segurança, arriscando menos, mas também tendo menores chances de obter uma rentabilidade acima do mercado — duas opções acabam surgindo como as mais interessantes: CDB e Tesouro Direto.

Afinal de contas, qual delas pode ser a mais interessante para quem deseja começar a investir?

Como escolher entre CDB e Tesouro Direto?

Antes de mais nada, é importante entender quais são as principais características de cada um desses investimentos. O CDB são títulos emitidos pelas instituições financeiras. Na prática, é como se a pessoa estivesse emprestando dinheiro para essas empresas, que depois devolvem o valor acrescido da rentabilidade.

Já o Tesouro Direto é um programa de investimentos do governo federal. Nesse caso, as pessoas também fazem uma espécie de empréstimo de dinheiro, mas os valores vão diretamente para os cofres do Tesouro Nacional e podem ser utilizados para financiar os mais variados projetos públicos.

Ambas as opções de investimento atualmente são consideradas entre as mais estáveis e seguras do mercado financeiro. Elas possuem sistemas de garantia e utilizam índices que estão inseridos no mercado de forma geral. Isso significa, na prática, que as pessoas conseguem obter uma rentabilidade que acompanha o momento da economia.

Ambos são investimentos classificados como de renda fixa. Ou seja, no momento em que o investidor escolhe qualquer uma das opções e aplica o seu dinheiro, ele já sabe quanto vai receber de rentabilidade, apenas com possíveis variações de acordo com mudanças nos índices utilizados.

Para decidir qual deles é o melhor, é importante analisar alguns dos principais aspectos de qualquer investimento:

Qual o mais seguro?

Como mencionado anteriormente, ambos os investimentos são atualmente classificados como muito seguros pelo mercado financeiro. Isso significa que dificilmente as pessoas correm o risco de perder o dinheiro que aplicam em qualquer um desses ativos.

No caso do CDB, ele conta com a mesma proteção da poupança, garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Caso a instituição que emitiu o título quebre ou não consiga honrar seus compromissos financeiros, há uma cobertura de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição, com o limite de R$ 1 milhão a cada quatro anos.

O Tesouro Direto não possui essa cobertura, mas a garantia de pagamento é dada pelo Tesouro Nacional, uma entidade considerada extremamente confiável pelo sistema financeiro.

Qual possui a maior liquidez?

A liquidez é a capacidade de o investidor conseguir transformar seus títulos e depósitos em dinheiro disponível na sua conta. Para aqueles que preferem ter acesso ao dinheiro a qualquer momento, o CDB é a melhor opção, pois muitos contam com a chamada liquidez diária. Outros, porém, terão um tempo de carência para pagar a rentabilidade prometida.

Já no Tesouro Direto, a grande maioria dos títulos oferecidos pelo governo possui um prazo de validade. Isso significa que, em determinados casos de emergência, o investidor até consegue retirar um determinado valor e converter em dinheiro na sua conta, mas isso normalmente causa uma perda financeira.

Quais são os mais onerosos?

Ao fazer um determinado investimento, também é muito importante entender quais são as taxas e os possíveis impostos que podem ser cobrados nessa operação. Esses valores podem acabar tornando a rentabilidade muito menos interessante.

No Tesouro Direto, um custo que os investidores devem estar preparados para arcar é a taxa de custódia da Bolsa de Valores, uma vez que eles ainda necessitam de um intermediário. A partir de 31 de dezembro de 2024, a taxa de custódia do Tesouro Direto, de 0,2% ao ano, deixará de ser cobrada semestralmente. Agora, será aplicada apenas em movimentações: resgates antecipados, vencimentos ou pagamentos de juros.

Já os CDBs normalmente possuem apenas uma taxa de administração cobrada pelo próprio banco.

No caso dos tributos, há incidência de Imposto de Renda e IOF, sendo que o primeiro é cobrado apenas sobre os rendimentos, e o percentual varia de acordo com o período da aplicação.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.