ATENÇÃO, Aposentados e Pensionistas! Bancos já podem oferecer novo cartão consignado do INSS

Agora, bancos de todo o país já podem oferecer o novo cartão consignado do INSS. Com a liberação, aposentados e pensionistas poderão comprometer até 45% do benefício com empréstimo consignado.

empréstimo consignado é concedido com desconto automático das parcelas em folha de pagamento; a margem consignada é o limite da remuneração que poderá ser comprometida pelo desconto em folha. Desde agosto, os segurados têm margem maior e podiam comprometer até 40% do benefício com o empréstimo, 35% com o empréstimo pessoal consignado mais 5% com o cartão de crédito.

Agora, somam-se mais 5% com o cartão de benefício, chegando a 45%. Dentre os bancos que já tinham decidido oferecer o crédito estão BMG, Master, PAN, Santander, Daycoval e Facta, segundo informou a Febraban no início deste mês.

Esse já é o segundo aumento seguido na margem consignável do INSS – o primeiro ocorreu em agosto, quando passou a valer a Lei n° 14.431/2022, que elevou de 35% para 45% a possibilidade de comprometimento da renda previdenciária.

COMO FUNCIONA O CARTÃO DE BENEFÍCIO CONSIGNADO DO INSS?

 Funciona como um cartão de crédito, apesar de não ter crédito no nome. É apenas mais uma forma de os segurados terem dinheiro extra. Nele, não há cobrança de anuidade, há a disponibilidade de saque em dinheiro de até 70% do limite do cartão, além da oferta obrigatória de seguro de vida, desconto em farmácias, auxílio e assistência funeral gratuitos e até 40 dias para pagar a fatura.

Caso a fatura ultrapasse os 5% descontados da folha de pagamento e não for paga, a taxa é de 3,06% ao mês, obedecendo aos juros máximos definidos pelo INSS para o cartão de crédito consignado.

Como gastar o dinheiro com cautela?

O diretor da Neoconsig, empresa de tecnologia especializada em crédito consignado e que fornece soluções tecnológicas para instituições financeiras Fernando Weigert, dá dicas para o aposentado usar o dinheiro com cautela.


“Aconselha-se pagar as dívidas mais urgentes e quitar as mais caras. O importante é evitar que esse dinheiro seja usado para gastos do dia a dia”, afirma Weigert.

“O que está se vendo é uma farra em permitir que os bancos aumentem cada vez o risco de endividamento do aposentado, mesmo aquele que só ganha um salário mínimo por mês (R$ 1.212). Na minha opinião, não estão pensando nos aposentados, mas nos lucros dos bancos”, afirma Rômulo Saraiva, advogado especializado em Previdência e colunista da Folha de S.Paulo.


“Essa questão desses mais 5% é preocupante. Se formos observar, hoje, boa parte dos beneficiários do INSS já está com sua renda comprometida com esses consignados e isso pode fazer com que eles comprometam ainda mais sua renda na fonte”, diz Cíntia Senna, educadora financeira da Dsop.