Biden e Lula falam por telefone e condenam ataques em Brasília
Biden e Lula conversam por telefone após os ataques no DF que ocorreram nos últimos dias. Confira o que a imprensa internacional acha
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente do Brasil, Lula, conversaram por telefone nesta segunda-feira (9). Biden disse que os Estados Unidos apoiam a democracia no Brasil e o livre arbítrio do povo brasileiro “como expresso pelo presidente Lula nas recentes eleições presidenciais do Brasil”, de acordo com uma nota do governo dos EUA.
Segundo o texto, Biden condenou assim a violência e os ataques às instituições democráticas e à transferência pacífica do poder. Durante a conversa, os dois se comprometeram então a trabalhar juntos em questões enfrentadas pelos Estados Unidos e pelo Brasil, incluindo mudanças climáticas, desenvolvimento econômico e paz e segurança.
Sobre os ataques no DF
A mídia internacional destacou nesta segunda-feira a invasão bolsonista de Brasília, que destruiu a Assembleia Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. O tema é destaque assim nas capas de quase todos os grandes veículos da mídia internacional, como The New York Times, Wall Street Journal, Financial Times, The Economist e The Nationals, entre outros.
O jornal “Pais” da Espanha publicou um editorial intitulado “Ataque à Democracia Brasileira”, argumentando assim que “Lula terá de fazer cumprir a lei e punir o agressor sem atenuar as circunstâncias”.
O El País criticou Bolsonaro, dizendo então que o ex-presidente “esperou horas para falar da Flórida, para onde foi para evitar a cerimônia de transferência de poder”.
O jornal espanhol disse então em seu editorial: “Só depois do ataque fracassado ele disse ‘invadir um prédio público não foi complacente’. E negou as acusações que o implicavam no ataque. Bolsonaro sempre defendeu a democracia” “O que está por trás do que aconteceu [em Brasília] é, em última análise, não apenas a incapacidade de Bolsonaro de aceitar a derrota. Mas o veneno da extrema-direita afiada, incapaz de aceitar a democracia, seja nos EUA, no Brasil ou em qualquer outro lugar. E busca tomar o poder por todos os meios, incluindo a força bruta. “
“Os acontecimentos de Brasília neste domingo, como o atentado ao Capitólio (nos Estados Unidos) há dois anos. Devem servir como um lembrete do grande perigo que esses movimentos radicais representam e da necessidade de as forças democráticas permanecerem unidas e evitarem problemas para eles. oxigênio.”
O editorial conclui que Lula não terá uma “caminhada fácil” no manejo da crise política brasileira.
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