Quem recebe até R$ 2.604,00 poderá participar do Desenrola Brasil

O plano Desenrola Brasil, bandeira do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para renegociar dívidas e estimular o consumo das famílias, pode cobrir até 40 milhões de endividados e com renda de até dois salários mínimos (atualmente equivalente a R$ 2.604) .

Detalhes da política foram discutidos esta semana em reunião de integrantes do Ministério da Fazenda e da Febraban, Federação Brasileira de Bancos. No entanto, os desenhos ainda não estão fechados.

A iniciativa é uma das apostas do governo petista para estimular o consumo e estimular a economia. Hoje, quase 70 milhões de consumidores se sentem mal com a inadimplência. Os níveis de endividamento também estão em níveis recordes.

Um dos objetivos do programa é ajudar os beneficiários do Auxílio Brasil que contraíram empréstimos salariais a renegociar suas dívidas.

“O presidente Lula demonstrou grande sensibilidade com os devedores durante sua campanha eleitoral e está comprometido com o plano Desenrola, que incluirá o Bolsa Família público”, disse o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

Os bancos e o desenrola Brasil


Para os bancos, um fundo de até 20 bilhões de reais parece indicar que esse valor é suficiente para garantir o refinanciamento de dívidas em aberto de até 80 bilhões de reais (R$ 2.604,00).

O Auxílio Brasil é uma grande preocupação desta gestão porque seus beneficiários correm o risco de superendividamento ao assinar a folha de pagamento, sem falar que sua principal fonte de renda são apenas os programas sociais.

Eles receberão um desconto de 40% no valor do benefício, o que prejudicará a renda de cada família que decidir fazer o empréstimo. Outro motivo de preocupação é a taxa de juros, que em 3,5% para essa categoria é a mais alta para esse tipo de crédito.
O programa Desenrola Brasil será a forma como essas famílias renegociam suas tarifas.

A folha de pagamento da Auxílio Brasil está suspensa sem previsão de retorno por recomendação de diversas entidades, inclusive do Auditório Federal.

Existe uma aliança entre o governo e os bancos para decidir sobre a modelagem do procedimento. Os bancos estão dispostos a usar seus próprios recursos para refinanciar dívidas, desde que haja algum nível de garantia de inadimplência.

garantia bancária

É possível que o governo federal adote um mecanismo de garantia semelhante ao utilizado no Pronampe, o esquema nacional de apoio às micro e pequenas empresas.

O esquema foi elogiado por fornecer garantias aos bancos e uma baixa taxa de inadimplência.
O governo aproveitou o período de discussões sobre o Desenrola para propor a criação de um fundo com tamanho entre 10 bilhões e 20 bilhões de reais.

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