Lula bate o martelo: plano emergencial promete revolucionar a reforma agrária no Brasil

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, anunciou recentemente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende, no mês de maio, lançar um plano emergencial para a reforma agrária no Brasil. Essa iniciativa tem como objetivo ampliar os investimentos na obtenção de terras e beneficiar famílias que integram o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Esta decisão surge após diversos casos de invasões do MST em áreas de Petrolina, em Pernambuco, e Aracruz, no Espírito Santo. Essas áreas pertencem a empresas como a Embrapa e a Suzano e já foram objeto de desapropriação no passado. O governo estuda, inclusive, a possibilidade de devedores da União pagarem parte de suas dívidas com terras.

O que se sabe sobre o plano emergencial de reforma agrária?

Segundo informações divulgadas pelo ministro Paulo Teixeira, o plano emergencial para a reforma agrária utilizará áreas já desapropriadas e que o governo Bolsonaro deixou de destinar à reforma durante sua gestão. O objetivo é ampliar os recursos para a obtenção de terras e assim beneficiar mais pessoas. No entanto, ainda não foram divulgados detalhes sobre o número de famílias que serão beneficiadas com o novo plano.

Quais são as demais ações anunciadas pelo governo?

Além do plano emergencial, o ministro Paulo Teixeira também afirmou que o governo pretende promover mudanças nas superintendências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Todas as diretorias dos Incras regionais estão passando por alterações, com o objetivo de adequar-se à nova administração.

Outra medida anunciada foi a exoneração de nomes ligados ao governo Bolsonaro em cargos importantes dentro do Incra, como o caso de César Lira, primo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que chefia a sede do Incra em Alagoas.

Como está a relação entre o MST e o governo?

No evento em que as novidades foram anunciadas, líderes do Movimento Sem Terra defenderam o ministro da Agricultura e Abastecimento, Carlos Fávaro, que tem enfrentado tensões com a base petista pelas invasões promovidas pelo MST. Mesmo assim, o dirigente do movimento, João Pedro Stédile, afirmou que o MST tem uma “relação democrática e transparente” com o ministro e que ele é um “homem sério”.

Além disso, a diretora nacional do MST, Lucinéia Durães, destacou que Fávero tem dialogado com o agronegócio e possui um projeto de desenvolvimento nacional dentro do governo. Essa proximidade com o ministro da Agricultura e Abastecimento fortalece a ideia de que o plano emergencial de reforma agrária é uma medida para ampliar e melhorar a relação entre o MST e o governo Lula.