Programa de crédito tributário para automóveis pode ser prorrogado diz presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou que o programa de crédito tributário do governo, criado para reduzir o preço de carros novos, pode ser prorrogado devido ao sucesso e rápida adesão das fabricantes de automóveis. A medida atual destinou R$ 500 milhões para descontos no preço final dos veículos, mas já consumiu 30% do total em apenas duas semanas de lançamento. Com isso, as montadoras preveem que o programa precise ser encerrado no próximo mês, aumentando a pressão do setor por mais recursos e tempo.

A declaração do presidente, porém, foi considerada apenas uma “brincadeira” pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que afirmou que a prorrogação do programa de incentivo aos fabricantes de automóveis não está nos planos do governo. A medida provisória atual tem duração máxima de quatro meses, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse recentemente que não há margem para elevar o crédito tributário destinado às montadoras.

O que o programa de crédito tributário oferece?

Por meio da medida provisória, o governo destinou R$ 500 milhões em crédito tributário para que as montadoras possam dar descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil no preço final de carros novos de até R$ 120 mil. A medida é considerada um “sucesso” pelo presidente Lula, principalmente em função da rápida adesão das fabricantes de automóveis, que já consumiram R$ 150 milhões dos recursos destinados à redução do preço dos carros zero km em apenas duas semanas.

Por que há pressão para a prorrogação do programa?

Com a maior parte dos recursos já comprometidos e o período de vigência da medida provisória se aproximando do fim, o setor automotivo pressiona o governo para que destine mais verba ao programa e amplie o tempo de duração da ação. A preocupação das montadoras é que a alta demanda por carros novos diminua drasticamente caso o programa seja encerrado no próximo mês, como preveem atualmente.

O governo vai ceder à pressão?

Apesar da fala do presidente Lula sugerindo a prorrogação do programa, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que não está nos planos do governo estender o incentivo aos fabricantes de automóveis. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou a possibilidade de elevar o crédito tributário destinado às montadoras. Portanto, por enquanto, não há previsão de mudanças no programa, apesar da pressão do setor automotivo.