Tabata Amaral expressa frustrações com governo Lula

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que surpreendeu a muitos ao apoiar o presidente Lula nas eleições de 2022, revelou recentemente estar “frustrada” com o governo petista, após seis meses de gestão. A parlamentar, que ocupa uma posição importante na base aliada do governo no Parlamento, fez algumas críticas em relação a questões como o combate à corrupção e posicionamentos do presidente em relação a regimes ditatoriais.

Na entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, Tabata Amaral também demonstrou descontentamento com a liberação de R$ 9 bilhões do chamado “orçamento secreto” por parte do governo Lula. A deputada entende que tal medida vai na contramão das promessas feitas pelo presidente em sua campanha eleitoral.

Outros grupos insatisfeitos com Lula

Tabata Amaral não está sozinha em sua insatisfação com o governo Lula. Recentemente, o grupo Oeste teve acesso a uma carta de diplomatas mulheres que expressaram tristeza com a falta de representatividade feminina em nomeações de embaixadores feitas pelo presidente. Apenas seis das 47 nomeações realizadas (pouco mais de 10%) são de mulheres.

Criticas também vêm de movimentos sociais

Lideranças do movimento negro, militantes LGBT+ e feministas também se mostraram decepcionadas com a administração do petista. Esses grupos consideram que há pouca ação do presidente no Parlamento e dificuldades em fazer avançar pautas de extrema esquerda no governo.

O que isso significa para o governo Lula?

As críticas e frustrações manifestadas pela deputada Tabata Amaral e os grupos citados acima sinalizam certa preocupação para o governo Lula. A insatisfação demonstrada por parte de aliados que outrora apoiaram sua candidatura pode indicar dificuldades futuras no andamento de projetos de interesse do Executivo no Parlamento e possível enfraquecimento na base aliada.

Em seu segundo mandato, o presidente precisa adotar uma postura política de diálogo e atenção às demandas desses grupos, buscando formas efetivas de conquistar maior apoio e engajamento dentro de sua própria base política.