Ex-Ministro e ex-diretor da PRF acusados de sabotar eleições presidenciais de 2023 no Brasil

A turbulência política de 2023 acaba de adquirir um novo capítulo intrigante envolvendo personagens importantes da última eleição presidencial. Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, estão sendo investigados por suspeita de terem conspirado para dificultar a participação de eleitores no segundo turno da eleição presidencial.

Registrados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na data da segunda rodada das eleições, 30 de outubro de 2023, ambos foram vistos chegando juntos ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. O encontro ocorreu horas após a PRF ter iniciado mais de 500 operações em várias estradas do país, com um marcante foco na região Nordeste.

O papel de Silvinei Vasques e Anderson Torres: O que realmente aconteceu no segundo turno das eleições?

Silvinei Vasques, preso preventivamente nesta quarta-feira (9), é suspeito de ter promovido blitze contra ônibus e carros para dificultar a votação de eleitores para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. Por outro lado, Anderson Torres, que serviu como ministro da Justiça e esteve em prisão domiciliar por quase quatro meses, também está sendo investigado por sua possível omissão nos eventos do dia 8 de janeiro.

Poderiam essas ações ter influenciado o resultado das eleições?

Segundo a Polícia Federal, as ações da PRF, sob a suposta orientação de Silvinei, visavam dificultar o trânsito de eleitores no dia do segundo turno, principalmente na região Nordeste, onde o candidato do PT, Lula, havia conquistado a maioria dos votos no primeiro turno. Tal movimento teria se planejado desde o início de outubro de 2023.

Quais podem ser as consequências legais para Vasques e Torres?

Os crimes apurados estão relacionados a impedir ou embaraçar o exercício do voto, violência política, prevaricação, entre outros. Além de terem sido acusados de ocultar, sonegar, extorquir ou negar no dia da eleição o fornecimento de utilidades, alimentação e meios de transporte. As investigações ainda estão em andamento, e a detenção de Silvinei foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, com base na conduta “gravíssima” e “ilícita” do ex-diretor da PRF.