Marcio Pochmann assume presidência do IBGE destacando importância de dados para políticas públicas
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O economista e professor Marcio Pochmann assumiu a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã do dia 18. Em seu discurso, ele destacou as transformações significativas que o Brasil e o mundo têm experimentado e a importância de possuir dados confiáveis para o planejamento e a execução de políticas públicas.
A presença de figuras importantes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, deu peso ao evento. Pochmann expressou a função essencial do IBGE em dois aspectos: como retrato fiel da situação do país e como guia para a progressão da nação.
Quais as mudanças observadas por Pochmann no mundo?
O economista observa que estamos vivendo em tempos de mudanças históricas. Ele menciona o crescimento da digitalização e os desafios climáticos, assim como o deslocamento do foco econômico mundial do ocidente para o oriente. Todas essas mudanças afetam as transformações demográficas e intensificam a necessidade de um planejamento sólido baseado em estatísticas confiáveis.
Qual o papel do IBGE nessas mudanças?
Pochmann relembra a criação do IBGE nos anos 1930 e como isso resultou em um “pacto estatístico” entre o governo central e os governos estaduais. Este pacto, juntamente com a qualidade dos dados produzidos pelo instituto, fortalece políticas públicas e boas práticas administrativas. Em suas palavras, o IBGE contribui para a “soberania das informações”.
Quais são as perspectivas para o futuro do IBGE?
O novo presidente chega ao cargo em um momento delicado para o instituto. Mesmo sem citar nomes, Pochmann reconheceu a resistência valorosa e destemida dos servidores do IBGE durante um dos períodos mais conturbados da instituição. Entretanto, ele enfatiza um espírito de reconstrução, ampliação de horizontes e a importância da produção de dados com rigor técnico e científico.
Profundo admirador da sabedoria popular, Pochmann concluiu seu discurso citando o músico Chico Buarque e reconhecendo que a “principal riqueza de uma nação é o seu povo”. A ministra Simone Tebet também encorajou essa visão ao afirmar que “não há duas estradas, dois caminhos, não há mão ou contramão”, mas um esforço unificado para diminuir a desigualdade e melhorar a vida da população brasileira.