O Misterioso Relógio Piaget de R$80 mil de Lula que não consta na Lista Oficial

Um relógio de luxo da marca Piaget que foi usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido tema de discussões. O valor da peça é avaliado em cerca de R$80 mil. O presente foi oferecido pelo então presidente da França, Jacques Chirac, em 2009, época em que Lula estava em seu segundo mandato no Brasil.

O detalhe peculiar é que este relógio não consta na lista oficial de presentes recebidos pela presidência, lista essa que é entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU). O caso veio à tona após a coluna Painel S.A, do jornal Folha de São Paulo, ter acesso ao documento e não encontrar qualquer menção ao relógio.

Existem outros casos semelhantes?

Outros presentes, um total de 568 itens, foram entregues ao TCU em 2016, quando itens desaparecidos do acervo do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff se tornaram o alvo de um processo. Além desses, oito artigos foram listados como perdidos, tendo o presidente pagado cerca de R$ 11 mil em reembolsos. De acordo com a assessoria do TCU, o relógio Piaget dado por Jacques Chirac não estava entre esse acervo.

Qual é a informação oficial?

Foi o próprio ex-presidente Lula, durante uma transmissão ao vivo chamada “Conversa com o Presidente”, realizada em julho de 2023, que trouxe à discussão o fato do relógio. Lula narrou que o relógio foi recebido durante as comemorações do Ano do Brasil na França e que por um período, a peça esteve perdida. Foi apenas depois de uma mudança, ao encontrá-lo em uma gaveta, que começou a usá-lo. O uso ficou ainda mais destacado quando o relógio foi usado durante a campanha eleitoral de 2022.

Há outros relógios em questão?

Esse tema reacendeu a discussão sobre um relógio da marca Rolex, avaliado em R$ 360 mil, dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro pela Arábia Saudita. O relógio, incrustado com pedras preciosas, foi vendido nos EUA. Em seguida, foi comprado pelo advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, para que ele fosse devolvido, seguindo as normas do TCU.

Enquanto a história dos relógios continua, os questionamentos seguem como horário do relógio: sempre para frente.