Reforma Ministerial em Foco: Conheça as Possíveis Mudanças no Governo Lula!

BRASÍLIA – Com a reforma ministerial para acomodar nomes do Centrão no governo chegando ao fim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou para negociações dois possíveis candidatos a perder cargo e poder. Os convidados foram o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, e Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social.

A convocação de França e Dias ocorre quando Lula busca ampliar o apoio no Congresso e, portanto, está considerando mudanças no seu governo para satisfazer a demanda por cargos de líderes do Centrão.

Reposicionamento dos ministros em novos cargos

A movimentação de França do Ministério dos Portos e Aeroportos para uma nova posição é praticamente garantida. Ele deverá ser transferido para a pasta de Ciência e Tecnologia ou para o recém-criado Ministério de Micro e Pequena Empresa. Seu lugar atual provavelmente será assumido pelo deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).

Da mesma forma, Dias deve assumir um novo ministério focado no Bolsa Família. Isso permitiria a Lula entregar o Desenvolvimento Social para outro partido. Parte das mudanças propostas também envolvem a transferência do Benefício de Prestação Continuada para a administração de Dias.

Novos ocupantes?

A Pasta do Desenvolvimento Social, que pode ter seu nome alterado, será provavelmente assumida pelo deputado André Fufuca (PP-MA). Fufuca é próximo ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ao presidente do PP, Ciro Nogueira. Esse ministério é especialmente interessante para este grupo devido à sua capacidade de executar emendas do orçamento federal.

Como parte da entrega de cargos do poder Executivo a aliados do Centrão, alguns cargos de empresas estatais também estão sendo considerados. Um deles é a presidência da Caixa Econômica, um banco público. A deputada Margarte Coelho (PP-PI) é uma candidata em potencial para esse posto, apesar de sua anterior campanha aberta para Jair Bolsonaro.

O que dizem os servidores da Caixa?

Os servidores da Caixa, no entanto, se opõem à indicação da deputada. Eles argumentam que ela não preenche os critérios técnicos para liderar o banco. De acordo com a Coluna do Estadão, eles estão preparando uma declaração sinalizando que Margarete não possui dez anos de experiência no setor público ou privado na área de atuação da empresa pública. Ela também não tem quatro anos de experiência em cargos de liderança superior em uma empresa de tamanho ou objetivos semelhantes à Caixa.