QUEDA; Preço da gasolina fica abaixo de R$ 5 reais

Com a 12ª queda consecutiva nos preços, valor médio do litro da Gasolina foi de R$ 5,04 para R$ 4,97, havendo um recuo de 1,39%. O menor valor desde a semana encerrada em 20 de fevereiro do ano passado R$ 4,917. O valor máximo encontrado nos postos foi de R$ 6,99.

Antes desse preço começar a cair, a gasolina acumulava alta de 70,6% nos postos desde janeiro de 2019, início do atual governo Jair Bolsonaro.

Então, anteriormente, a gasolina era comercializada no país a um preço médio de R$ 4,33 por litro segundo a ANP. Na prática, portanto, os esforços do governo ainda não compensaram a escalada de preços experimentadas nos primeiros três anos e meio de governo.

Queda de preços

A redução dos combustíveis sente o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) adotada pelos estados depois que foi sancionado o projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.

Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.

Além disso, a Petrobras tem promovido sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para as refinarias. No início do mês, por exemplo, a antiga estatal reduziu o preço da gasolina vendida para as distribuidoras. A redução foi de 7,08%.

A queda de preços nos postos também é influenciada pela cotação do petróleo no mercado internacional e de olho nas eleições ajudam a explicar diminuição recente do preço na bomba.

A queda irá durar até quando?

A expectativa é que preço do litro da gasolina se estabilize ou até continue caindo por mais algum tempo.

“Tudo vai depender do ritmo da economia mundial”, explicou, à mesma época, André Braz, economista e coordenador dos índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Braz explica que o mundo ainda vive um período de inflação em alta, o que deve fazer com que bancos centrais das principais economias sigam elevando suas taxas de juros para deter a alta de preços. Esse movimento “esfria” a economia, e dificulta uma alta de preços das commodities incluindo o petróleo.

O alívio deste ano, no entanto, pode ter fôlego curto: isso porque, caso não haja mudança, a partir de janeiro os tributos federais voltam a incidir sobre a gasolina e a pressionar o bolso dos motoristas.

“Para 2023 é outra conversa. Acho que tem que esperar um pouco mais para a gente conseguir se aprofundar. Existe uma eleição aí no meio do caminho que pode modificar a medida do ICMS, a questão toda da PEC dos benefícios, enfim, então preferimos esperar para entender”, diz Nobre, da Warren.