FOME afeta mais crianças abaixo de 10 anos e muitos lares chefiados por mulheres

Casas com crianças de menos de dez anos de idade é afetada pela fome em 37,8%. A porcentagem é maior que a média nacional, de 30,7%. Os dados são da segunda etapa do Vigisan (Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Covid-19 no Brasil).

Já os lares chefiados por mulheres estão sentindo mais fome. Entre 2020 e 2021, a falta de alimentação nos domicílios liderados por mulheres passou de 11,2% para 19,3%.

Quando os pagamentos do Auxílio Emergencial foram realizados, o público recebia uma quantia maior que as liberadas aos demais usuários do benefício. Mas, esse esquema não continuou a ser aplicado nos repasses do Auxílio Brasil.

   Alguns especialistas defendem que a melhor forma de otimizar as verbas é calcular o valor do Auxílio Brasil com base no número de pessoas que integram uma família. Atualmente, o que é pago (R$ 600) a uma unidade familiar com seis pessoas pode ser dado a um lar composto por apenas dois indivíduos.

O número de brasileiros que passam fome ultrapassa 30 milhões

O levantamento aponta que o Brasil ultrapassa mais de 30 milhões de pessoas passando fome. Famílias que não possuem comida garantida, o número chega a 125 milhões. Pessoas têm de adotar estratégias para escolher o que comer ou acabam precisando abrir mão de pelo menos uma das três principais refeições do dia.

Confira abaixo as duas regiões mais afetadas pela fome

  • Norte: maior região afetada pelas condições impostas pela fome. Levantando em conta os dados dos 7 estados que integram a região, 45% da população está em situação de insegurança alimentar.
  • Nordeste: considerando os nove estados da região, 38% da população se encontra em situação de insegurança alimentar. Quase quatro em cada 10 habitantes enfrentam esse difícil cenário.