BOMBA: NUBANK deixa a bolsa brasileira em menos de 1 ano do seu IPO

O Nubank anunciou recentemente que iria sair da bolsa de valores B3 do Brasil. O objetivo da medida segundo a empresa é buscar maior eficiência e reduzir custos. A decisão deixou muitos investidores insatisfeitos, por isso o mercado continua analisando seus efeitos sobre os investidores no Brasil.

Com essa decisão, o Nubank permanecerá listado exclusivamente na bolsa de Valores de Nova York. O banco abriu o capital há nove meses. Entenda melhor o que aconteceu a seguir!

Como uma empresa entra na bolsa e por que?

Quando uma empresa decide listar suas ações (IPO), ela pode escolher qualquer bolsa do mundo. Na verdade, ela poder apontar para mais de um deles ao mesmo tempo.

Além disso, acho que vale ressaltar que a intenção da empresa de entrar no mercado de ações é levantar recursos que possam servir a intentos como aumentar as operações, aquisição da empresa ou até mesmo quitar dívidas.

No caso do Nubank, os recursos captados serão aplicados como capital de giro. custos operacionais despesas de capital. Além de investimentos e aquisições de novos negócios, produtos, serviços e tecnologias. Tudo isso está contido no prospecto do IPO.

Ações do Nubank na NYSE, BDR na B3

O Nubank decidiu negociar suas ações na bolsa de Valores de Nova York, a NYSE, mas também está listado no Brasil, na B3. Aqui, no entanto, as ações do Nubank não são negociadas diretamente, mas com certificados de ações ou “Brazilian Depositary Receipts” (BDRs).

O BDR é um certificado negociado no mercado B3, que são ações emitidas por empresas emitidas publicamente em outros países.

Para ter BDR na bolsa de Valores brasileira, uma empresa pode escolher entre diferentes níveis de subtítulos, cada um com exigências diferentes. No momento da listagem, o Nubank selecionou um BDR Nível III que deve ser registrado na delegação de Valores Mobiliários (CVM) como companhia aberta.

Durante o IPO, foi escolhida uma dupla listagem para revitalizar o programa NuSócios. O programa NuSócios doaria BDR para cerca de 7,5 milhões de clientes em troca de contratos com o corretor do banco. Assim, até o dia 15 de setembro do ano passado, o Nubank auferia proclamações bastante mistas para os investidores.

Fim dos BDRs do Nubank?

No documento o Nubank anunciou sua intenção de iniciar “processo de encerramento do programa BDRS Nível III”. O passo a passo descrito pela empresa resultou na deslistagem do Nubank como companhia aberta na CVM.

Por ser listado nos Estados Unidos e no Brasil, o Nubank mantém estruturas operacionais e administrativas diferenciadas para atender às regras específicas dos dois mercados. Consequentemente, a justificativa dada pelo Nubank para essa mudança foi “maximizar a eficiência e minimizar as demissões consecutivas de uma empresa pública em mais de uma jurisdição”.

No entanto, até então, os BDRs Nível III devem ser atualizados para o Nível I. Isso não requer registro na CVM. Para que essa migração ocorra, o Nubank oferecerá três caminhos diferentes para os investidores em BDR: transmudar os BDRs em ações norte-americanas, vendê-los ou migrá-los para o Nível I. Todo esse processo ainda depende de aprovação da B3 e da CVM, e não há um prazo aproximado.

Portanto, não houve falência. Mas essa mudança significa que o Nubank está focando seus esforços no mercado de capitais norte-americano e não tem nada a ver com uma possível falência da empresa. O negócio de banco digital continua operando normalmente no Brasil, atendendo mais de 65 milhões de clientes. Mas vale notar que alguns analistas não aprovaram a mudança. O Itaú BBA avaliou negativamente o movimento tanto para os acionistas minoritários do Nubank quanto para a governança corporativa da fintech.