Presidente Lula aconselha ministro da Casa Civil a pedir desculpas por declaração polêmica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou Rui Costa, ministro da Casa Civil, a pedir desculpas após se referir a Brasília como “ilha da fantasia” onde “fazer errado é o certo”. A declaração, dada pelo mais poderoso ministro do Palácio do Planalto, gerou polêmica e fragilizou a articulação política do governo diante do Centrão.

Rui Costa, ex-governador da Bahia, afirmou nos últimos dias que se arrependeu das palavras ditas, mas ainda não se manifestou oficialmente. Segundo ele, a intenção não era ofender a cidade nem seus moradores. O ministro declarou que, ao mencionar a “ilha da fantasia”, estava se referindo a Brasília como centro do poder nacional e não como cidade.

Qual foi a repercussão da declaração de Rui Costa?

Desde a divulgação da declaração, o ministro da Casa Civil tem recebido críticas intensas, e muitos pedem sua demissão durante uma semana difícil para o governo. Deputados do Centrão, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disseram que essas declarações não auxiliam no relacionamento entre o Congresso e o Planalto, pois é preciso “comedimento”.

O presidente Lula considera demitir Costa?

Ao que tudo indica, o presidente Lula não pretende demitir Rui Costa, pelo menos por enquanto, ressaltando que deve muito a ele e o considera “sua Dilma de calças”, em referência a Dilma Rousseff, que antes de ser presidente também foi chefe da Casa Civil.

No segundo turno das eleições presidenciais de 2022, o petista obteve 72,12% dos votos válidos na Bahia, enquanto Jair Bolsonaro (PL) ficou com 27,88%. O presidente ainda atribui parte de sua vitória no estado ao trabalho de Rui Costa.

Como o ministro da Casa Civil deve lidar com a situação?

Diante das polêmicas e críticas, Rui Costa deve fazer um pronunciamento oficial e pedir desculpas pelas declarações controversas. O momento será crucial para o governo, que precisa fortalecer as relações com o Congresso e demonstrar estabilidade política. Além disso, o ministro da Casa Civil terá que se esforçar para recuperar a confiança e o apoio da população e dos parlamentares, o que será essencial na condução de sua agenda e na negociação com o Congresso. Por enquanto, a postura do presidente Lula indica que há espaço para que o ministro possa se redimir e seguir em frente.