Brasil e Ucrânia se Reaproximam: Cúpula da Paz e Futuro das Relações em Foco

No dia 13 de junho, Andrii Iermak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, realizou uma ligação para Celso Amorim, assessor especial de política externa do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. A conversa teve como objetivo a discussão sobre a realização de uma cúpula internacional da paz, na qual seria importante a participação do Brasil.

O telefonema é visto como uma reaproximação entre os dois países, após as declarações de Lula vistas como inclinadas ao lado de Vladimir Putin. Além disso, a Ucrânia está buscando o apoio de países do Sul Global para um evento que trata das possíveis soluções para a Guerra da Ucrânia.

Por que os ucranianos buscam apoio do Brasil?

O Brasil é considerado um país influente, especialmente na América Latina, e pode ser um importante aliado para o governo ucraniano nessa situação de conflito. Até então, apenas potências ocidentais têm dado suporte à Ucrânia, enviando armas, implementando sanções à Rússia e declarando apoio explícito. Na América Latina, o único país que tem se posicionado abertamente a favor da Ucrânia é o Brasil.

Quais outros países estão envolvidos nessas negociações?

Além do Brasil, a Índia também tem sido procurada pela Ucrânia para discussões sobre a cúpula da paz. O conselheiro de segurança nacional da Índia, Ajit Kumar Doval, também conversou com Iermak. Embora o país asiático evite condenar a Rússia de forma mais assertiva, a Índia pode auxiliar na implementação de alguns pontos do plano de paz proposto por Zelenski, segundo informações do governo ucraniano.

Outros países que estão prestando apoio à Ucrânia são Chile, Uruguai, Costa Rica e Guatemala. Uma delegação de sete presidentes de países africanos, liderada pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, também visitará Kiev e Moscou em breve para propor alternativas para o fim do conflito.

Quais são as perspectivas para o futuro da relação Brasil-Ucrânia?

Apesar das tensões recentes, o telefonema entre Amorim e Iermak é visto como um gesto positivo em direção a uma melhora nas relações entre Brasil e Ucrânia. A possível participação do Brasil na cúpula da paz e o engajamento nas discussões acerca do conflito podem demonstrar um comprometimento em buscar soluções pacíficas e aproximarem os dois países, reforçando a cooperação internacional nesse contexto de guerra e incertezas geopolíticas.