Dólar se aproxima da estabilidade no Brasil, apesar de ganhos externos

O dólar à vista no Brasil teve um desempenho próximo da estabilidade na última sexta-feira, mesmo com os ganhos consistentes observados no mercado internacional. A moeda americana não conseguiu atingir níveis mais altos frente ao real, embora os mercados globais tenham estado mais avessos a ativos de risco.

No fechamento do dia, o dólar à vista era cotado a 4,7775 reais na venda, apresentando uma leve alta de 0,12% no comparativo semanal. A tendência de baixa do dólar tem sido influenciada por diversos fatores, como o avanço do arcabouço fiscal no Congresso brasileiro e a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) de que a taxa básica de juros pode continuar a subir.

Como o cenário externo influenciou no mercado cambial brasileiro?

Pela manhã, a alta do dólar era influenciada pelos indicadores econômicos fracos na Europa e nos Estados Unidos. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar da zona do euro atingiu a marca mínima de 5 meses, enquanto o mesmo índice do Reino Unido chegou a 53,7, demonstrando uma desaceleração do crescimento econômico.

Nos Estados Unidos, o PMI preliminar da indústria ficou em 46,3 em junho, sendo que o setor de serviços registrou uma queda em relação ao mês anterior. Esses dados impulsionaram a máxima do dólar no Brasil a 4,8080 reais, porém a moeda perdeu força ao longo do dia, como tem ocorrido nas últimas sessões.

A persistência da tendência de baixa do dólar é uma boa notícia?

A tendência de baixa do dólar pode ser positiva para a economia brasileira, devido ao andamento das reformas fiscais no Congresso e a sinalização do Copom de que a taxa básica de juros pode continuar a subir, favorecendo investimentos no país. Além disso, a política monetária mais restritiva contribui para manter a inflação sob controle.

Por outro lado, a continuidade da baixa do dólar pode ser um desafio para os exportadores brasileiros, que têm sofrido com a recente valorização do real. Há também uma preocupação com o cenário global, já que os indicadores econômicos fracos na Europa e nos Estados Unidos têm aumentado a aversão a ativos de risco e o temor de uma desaceleração no crescimento econômico.

Em resumo, a tendência de baixa do dólar no Brasil é um reflexo de fatores tanto internos quanto externos, e é importante acompanhar seus desdobramentos e possíveis impactos na economia brasileira.