Presidente Lula pede paciência ao FMI e reforça apoio à Argentina em crise econômica

No dia 2 de agosto de 2023, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou que fez todo o possível para apoiar a Argentina em relação às instituições financeiras internacionais. Em um café da manhã com jornalistas, ele expressou preocupação com a situação econômica do país vizinho e pediu “paciência” ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Fico muito preocupado de ver um país tão importante como a Argentina chegar na situação econômica que está hoje. O FMI deveria ter um pouco mais de paciência com a Argentina, porque sabe da situação da seca”, frisou o chefe de estado brasileiro. Ele ainda mencionou que a Argentina estava lidando com a seca no norte do país, acrescentando mais complexidade aos desafios econômicos do país.

O Brasil acionou instituições financeiras internacionais para ajudar a Argentina?

Sim. De acordo com o presidente brasileiro, todas as instituições financeiras internacionais que poderiam ajudar a Argentina foram acionadas pelo Brasil. Entre essas instituições, incluiu-se o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), vinculado ao grupo dos Brics, que compreende Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A assistência se estendeu até as discussões com o presidente chinês, Xi Jinping, e com a presidente do NBD, Dilma Rousseff.

Quais são os problemas financeiros da Argentina?

No último dia do prazo, a Argentina quitou uma dívida de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 12,8 bilhões) com o FMI. Segundo o ministro da Economia argentino, Sergio Massa, a quitação da dívida incluiu um empréstimo emergencial de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,7 bilhões) concedido pela Corporação Andina de Fomento, também conhecida como Banco de Desenvolvimento da América Latina. Além disso, o restante da dívida foi pago em yuans, a moeda chinesa, por meio de swaps cambiais com a China.

Quais são as perspectivas futuras para a Argentina?

As eleições nacionais estão marcadas para acontecerem em Outubro na Argentina, com Massa concorrendo à presidência com o apoio do governo atual de Alberto Fernández. O presidente brasileiro, que é um aliado da gestão atual, reiterou seu apoio à democracia na Argentina. “Que vença a democracia, que vença o candidato que tem mais perspectiva de falar em inclusão social e não o candidato que acha que investimento social é gasto”, disse Lula.