Bolsonaro recebe pedras semi-preciosas de advogado que acusa deputada de difamação

Um caso de generosidade e acompanhado de controvérsia vem dominando os holofotes políticos. O advogado Josino Correia Junior, de 44 anos, confirmou ter presenteado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com um conjunto de pedras semipreciosas avaliadas em R$ 400. O ato “de boa vontade”, que segundo Josino aconteceu ao longo de um comício em Teófilo Otoni (MG) em setembro de 2022, resultou em um desdobramento no cenário político nacional.

Josino insistiu que sua intenção se restringia a uma oferta de presente para o ex-presidente e afirma estar disponível para prestar quaisquer esclarecimentos necessários à CPMI do 8 de Janeiro. Ainda frustrado com a “narrativa mentirosa” em torno do desejo, ele está disposto a buscar justiça nos tribunais contra aqueles que o difamaram.

Presente para o ex-presidente e a controvérsia subsequent

De acordo com Josino, o conjunto dado a Bolsonaro era composto por 12 peças preciosas divididas em topázios azuis, citrinos amarelos e prasiolitas verdes – todos com representações significativas da bandeira brasileira. Contudo, tal atitude foi mal interpretada pela deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) que, durante a CPMI do 8 de Janeiro, insinuou que as pedras eram produtos de um suposto “garimpo ilegal”.

Josino, por sua vez, refutou prontamente as alegações de Feghali, prometendo levar o caso à Justiça por difamação. “Vou querer que ela faça um pedido de retratação pública”, afirmou o advogado.

Bolsonaro e Feghali trocam farpas nas redes sociais

Enquanto isso, a polêmica do presente de pedras semipreciosas virou um assunto quente nas redes sociais. Em seu perfil no Twitter, Bolsonaro considerou as alegações de Feghali como caluniosas, apontando que a verdade finalmente viera à tona.

No entanto, Jandira, não ficou calada. Em um tweet em resposta a Bolsonaro, disse que o ex-presidente “confessou o crime ao admitir ter sido presenteado com as pedras”. Ela insistiu que, a menos que comprovação contrária, as pedras eram preciosas e provenientes de atividades ilegais.

Debate legal e as alegações de crime

As autoridades brasileiras são, por lei, proibidas de aceitar presentes, com exceções em caso de diplomacia. Portanto, a troca de presentes entre Josino e Bolsonaro provocou um debate legal sobre a conduta ética do ex-presidente.

Diante do cenário, oito deputados da CPI do 8 de Janeiro solicitaram que a PGR investigasse Bolsonaro por improbidade administrativa e crimes contra a administração pública. Alegam que, se as pedras de fato não foram declaradas oficialmente, isso constituiria uma violação do Código de Conduta da Alta Administração Federal.

Enquanto a controvérsia continua a se desenrolar, tanto o advogado Josino quanto Bolsonaro mantêm suas posições firmes. Com acusações e defesas trocadas entre ambas as partes, resta acompanhar os próximos desdobramentos.