Lula pode criar mais ministérios para acomodar Centrão e atingir recorde de Dilma
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Em uma manobra política para acomodar os interesses dos partidos do Centrão, o governo Lula estuda a possibilidade de expansão do seu quadro de ministérios. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá criar de um a dois ministérios adicionais, visando a subdivisão dessas posições entre PP e Republicanos. O aumento de ministérios poderia igualar o recorde de 39 pastas registrados no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2015.
Essa opção surge como alternativa para proteger os ocupantes de alguns cargos estratégicos para o governo. Nísia Trindade (Saúde), Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) são todos targets cobiçados pelos futuros aliados potenciais. Por isso, sua manutenção em seus respectivos cargos é de grande importância para a gestão atual.
Quem são os novos ministros?
Segundo o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foram nomeados ministros por Lula. No entanto, ainda não foi definido quais ministérios eles irão assumir e o anúncio oficial ainda é aguardado.
Impacto na estrutura governamental
A expansão do número de ministérios representa uma estratégia que vai além da satisfação dos interesses do Centrão. A elevação da quantidade de pastas é uma mudança significativa na estrutura do governo, visto que o número atual de ministérios já supera o do governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, que possuía 21 ministros.
Possíveis impactos econômicos da expansão
Tomando em conta as implicações econômicas, André Braz, economista e professor da FGV, alerta para a possibilidade de uma inflação acima da meta se houver um aumento na gasolina. Esse alerta pode colocar em perspectiva as dificuldades econômicas que o governo Lula poderá enfrentar nessa nova expansão ministerial.