Ministro da Fazenda e Presidente da Câmara em Confronto Político Sobre Nova Regra Fiscal

A atmosfera política do país tem sido de tensão nas últimas semanas. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi recentemente mal interpretado em uma declaração que criticava supostamente a Câmara dos Deputados. “Está com poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo”, foram suas palavras durante uma entrevista gravada na última sexta (11) e exibida nesta segunda-feira (14).

Para esclarecer a situação, Haddad se apressou em fazer contato com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e declarou aos jornalistas que suas declarações foram tiradas do contexto.

Contexto mal interpretado nas declarações

“As minhas declarações foram tomadas como crítica à atual legislatura. Na verdade, eu estava fazendo uma declaração sobre o fim do chamado presidencialismo de coalizão. Eu defendi, durante a entrevista, que essa relação fosse mais harmônica e que pudesse produzir os melhores resultados”

O ministro destacou ainda a cordialidade entre ele e Lira, e mencionou que a interação entre ambos afastou o tom crítico iminente. “Não vamos fazer disso um cavalo de batalha. Minhas declarações não dizem respeito à atual legislatura. Eu sou só elogios para a Câmara, para o Senado e Judiciário. Nós não teríamos chegado aqui sem a concorrência dos Poderes da República.”

Como Arthur Lira respondeu as declarações de Haddad?

Por outro lado, Lira, em sua rede social, optou por um discurso mais contido, afirmando que manifestações “enviesadas e descontextualizadas não contribuem no processo de diálogo e construção de pontes para que o país avance”.

A nova regra fiscal em debate

Paralelamente a isso, Haddad, bem como sua equipe econômica na Câmara, estão em compasso de espera pela conclusão da análise da nova regra fiscal. Até o momento, o texto foi aprovado pelos deputados, sofrendo alterações no Senado e retornando para análise na Câmara.

A expectativa do governo era aprovar a medida até o fim de agosto, porém, não há previsão de quando será a nova votação na Câmara. Arthur Lira pontuou que ainda falta consenso entre os deputados.