Magazine Luiza Revela Prejuízo Trimestral de R$198 Milhões: DIFAL e Cenário Econômico como Vilões

O renomado Magazine Luiza (MGLU3) divulgou um prejuízo ajustado de R$ 198 milhões para o segundo trimestre de 2023, segundo informações apresentadas à bolsa na segunda-feira. Esse dado representa um aumento de 77% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a empresa registrou um prejuízo de R$ 112 milhões.

Os números apresentados estão abaixo das expectativas de mercado estabelecidas pela Bloomberg, que esperava um déficit estrondoso de R$ 141 milhões. Não é de hoje que a empresa vem operando no vermelho, já que a situação tem se arrastado desde o primeiro trimestre de 2022, principalmente por conta do cenário macroeconômico conturbado e da alta dos juros.

Qual o Impacto do DIFAL na Situação do Magazine Luiza?

O DIFAL (Diferencial de Alíquota do ICMS) teve um grande impacto sobre os lucros do Magazine Luiza, uma vez que a empresa teve que lidar com o retorno dessa tributação nas vendas interestaduais. A receita líquida da empresa somou R$ 8,57 bilhões, um valor praticamente estável (+0,1%) em comparação ao faturamento do ano anterior.

Como Foi a Geração de Caixa no Segundo Trimestre?

A empresa também relatou uma geração de caixa operacional de R$ 846,5 milhões durante o trimestre, fortemente influenciada pela variação do capital de giro. Com uma posição de caixa líquido ajustado de R$ 900 milhões e uma posição de caixa total avaliada em R$ 8,1 bilhões, o Magazine Luiza tem mostrado resiliência financeira em tempos econômicos adversos.

E as Vendas do Magazine Luiza, Como Ficaram?

No segundo trimestre de 2023, as vendas totais do Magazine Luiza, que incluem lojas físicas, ecommerce com estoque próprio (1P) e marketplace (3P), tiveram um aumento de 5,8%, resultando em R$ 14,7 bilhões. Tal incremento foi reflexo do aumento de 7% no ecommerce total (crescimento médio anual de 45,7% em quatro anos) e um crescimento de 2,7% nas lojas físicas.

Em meio a esse cenário econômico turbulento, o Magazine Luiza está de olho na queda de 0,5 ponto percentual da taxa Selic realizada pelo Banco Central no início do mês. No relatório, a empresa destacou que espera que esta seja a primeira de muitas reduções, acreditando que a economia possa se recuperar com o aumento da confiança do consumidor, do poder de compra e do crédito.