Lula choca Putin ao propor paz na Ucrânia durante Cúpula dos BRICS

No último dia 23, quarta-feira, o polêmico envolvimento do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na atual guerra na Ucrânia, agitou a cúpula dos Brics. O líder brasileiro propôs um acordo de paz na região, iniciativa que desagradou o presidente russo Vladimir Putin.

No segundo dia do evento, Lula pressionou os membros do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – a se unirem para uma solução de paz na Ucrânia.

Qual foi a postura de Lula na Cúpula dos Brics?

O presidente brasileiro alertou sobre as consequências da guerra e os impactos costumam ser proporcionais nas populações mais vulneráveis. “Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz, tampouco podemos ficar indiferentes às mortes e à destruição que aumentam a cada dia. O Brasil não contempla fórmulas unilaterais para a paz. Estamos prontos para nos juntar a um esforço que possa efetivamente contribuir para um pronto cessar-fogo e uma paz justa e duradoura”, afirmou Lula.

Essa postura de Lula na cúpula ressalta a tentativa do Brasil em se reestabelecer como um país conciliador, uma abordagem que diverge da adotada pelo governo anterior.

Como Putin reagiu à proposta de Lula?

As restrições de Lula quanto à retomada da mentalidade da Guerra Fria não foram bem recebidas por Putin. A resposta do presidente russo foi de que as ações militares no território ucraniano são uma retaliação a agressões do Ocidente à Rússia.

Baseado nesse raciocínio, ele acredita que a iniciativa militar visa interromper uma guerra lançada pelo Ocidente contra as populações em Donbass, região situada na fronteira oriental ucraniana.

Quais foram as reações a este embate entre os líderes?

A reação de Putin à pacificação proposta por Lula foi uma clara insatisfação. O líder russo destacou que alguns países promovem a hegemonia e política neocolonial, afirmando que essas tentativas levaram à crise devastadora na Ucrânia.

Este confronto internacional entre os líderes Luiz Inácio Lula da Silva e Vladimir Putin intensificou as tensões políticas já existentes, evidenciando a complexidade das relações entre os países do BRICS.

Espera-se que ambas as nações continuem seus esforços para atuar na situação ucraniana, no entanto, as diferenças de opinião entre os líderes podem dificultar a busca por uma solução pacífica para o conflito.

*Com informações do Estadão