Cortes no Bolsa Família em 2023: impactos e desafios em Salvador

No ano de 2023, um bloqueio expressivo no programa Bolsa Família gerou consequências significativas para a população mais vulnerável de Salvador. Até agosto, houve uma redução de 25.770 beneficiários, complicando a situação de inúmeras famílias em condição de risco social e vulnerabilidade na capital baiana.

Esse movimento, promovido pelo Governo Federal, ainda representou um desafio adicional para a Prefeitura de Salvador. Como responsável pelos atendimentos do Cadastro Único, o governo municipal teve que lidar com a demanda crescente das famílias bloqueadas pelo programa.

Como a Prefeitura de Salvador lidou com essa situação adversa?

Apesar do contexto complicado, a Prefeitura de Salvador mostrou uma performance impressionante, garantindo o atendimento das famílias afetadas e conseguindo até mesmo ampliar a quantidade de atendimentos. Entre 19 de julho e 19 de agosto, mais de 60 mil atendimentos do Cadastro Único foram realizados através de postos fixos, mutirões sociais e CadÚnico Itinerante.

Comparando o desempenho da Prefeitura ao ano anterior

Em meio ao bloqueio do Bolsa Família, a Prefeitura, através da Secretaria de Promoção Social Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), registrou um aumento de 82% nos atendimentos do Cadastro Único, se compararmos com o ano anterior. Foram realizados um total de 269.458 atendimentos, auxiliando aqueles que precisam desse suporte para inclusão ou atualização de seus cadastros para solicitar ao Governo Federal o desbloqueio do benefício.

O que esperar para o futuro do Bolsa Família em Salvador?

Juntamente com esses esforços, o secretário da Sempre, Júnior Magalhães, ressalta o contrassenso governamental. Ao mesmo tempo que a Prefeitura de Salvador faz um esforço para ampliar o atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade, o Governo Federal decide bloquear mais de 25 mil beneficiários do Bolsa Família na região.

“Essa medida não somente impacta negativamente a vida dessas famílias, mas também revela uma preocupante desconexão entre as políticas públicas de assistência social e o bem-estar da população mais necessitada. O bloqueio do Bolsa Família, em um cenário já fragilizado pela crise econômica e sanitária, ressalta a importância de políticas públicas mais sensíveis e abrangentes”, avalia o secretário.