Lula proíbe ministros de entrar com celular no gabinete presidencial

O presidente Lula proibiu ministros e assessores de levar celulares para dentro de seu gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto. De acordo com o assessor presidencial, os ministros e assessores do palácio são obrigados a deixar seus equipamentos na sala de recepção antes de serem encaminhados ao gabinete de Lula.

Por causa da proibição, os assessores que se reúnem assim com o presidente no gabinete do Planalto costumam trazer documentos impressos e entregá-los a Lula. Lula também proibiu assim os celulares de seus ministros durante a primeira reunião ministerial ampliada do novo governo em uma sala no Planalto em 6 de janeiro.

Além de evitar gravações desnecessárias, Lula vetou assim o uso de celulares nessas reuniões para evitar que seus auxiliares se distraíssem, disseram interlocutores. Como esta coluna já noticiou, o presidente não tem celular próprio.

Ao contrário de Lula, Jair Bolsonaro permitia que alguns de seus ministros e assessores mais próximos levassem seus telefones para o Salão Oval.

Sobre o governo Lula até então

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes de precisar lidar com a questão mais controversa até agora – a invasão de bolsonaristas à sede dos três poderes em Brasília em 8 de janeiro – (PT) acumulou quatro “focos de incêndio” que precisam ser removidos.

Os primeiros dias de governo foram agitados, com declarações conflitantes entre ministros, setores econômicos conturbados, posições de negociação desafiadoras com partidos políticos e até com a ministra do Turismo, Daniela Coelho, que teria tido relações com milícias.

Na primeira sexta-feira de seu terceiro mandato (01/06), Lula convocou sua primeira reunião ministerial para realinhar sua equipe. Em sua declaração de abertura, o presidente disse que aqueles que agiram mal “serão convidados a deixar o governo da maneira mais cortês”.

“Se ele cometer um crime grave, essa pessoa terá que enfrentar a investigação e a própria justiça”, acrescentou.
No entanto, ao final de seu discurso, ele garantiu que não desistiria do ministro batalhador.

“Tenham certeza que estarei ao lado de cada um de vocês nos momentos bons e ruins. Não vou deixar nenhum de vocês no meio do caminho, não vou deixar nenhum de vocês. Vocês são chamados porque são capazes, são chamados porque são ditado pelas políticas da organização a que você pertence, e eu respeito muito isso”, disse ele.

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