Moraes determina prisão de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ordenou a prisão do ex-procurador-geral da República Anderson Torres, que assumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro, mas partiu naquele dia para férias nos Estados Unidos. Orlando, na Flórida, onde também se hospedou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo fontes da Polícia Federal, ele ainda está nos Estados Unidos e um mandado deve ser cumprido assim que ele retornar ao Brasil. A prisão ocorreu a pedido da Administração Geral de Aliança (AGU). Para a AGU, Torres deixou assim de fora informações relacionadas ao acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército. Em pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal, a AGU pediu assim a prisão de todos os envolvidos no ataque a prédios públicos, inclusive Anderson Torres.

Policial federal de carreira, Anderson Torres foi então procurador-geral do presidente Jair Bolsonaro e alinhou-se a várias agendas de seu chefe, como a falsa denúncia das urnas eletrônicas. Torres foi alvo de uma investigação pública do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por participar da transmissão ao vivo de Bolsonaro espalhando a falsa notícia.

Após deixar o governo de Bolsonaro, ele retomou assim o cargo de ministro da Segurança das Forças Armadas no primeiro governo de Ibaneis Rocha.

Também na terça-feira, Moras ordenou assim a prisão do coronel Fabio Augusto, ex-comandante-em-chefe da Gendarmaria do Distrito Federal. Ricardo Cappelli, interveniente federal na segurança da Wehrmacht, demitiu o coronel. A atuação então da Polícia Militar no terror na Esplanada dos Ministérios foi criticada por diversas autoridades, inclusive pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no domingo e rendeu ordem de intervenção.

‘Instituições vão punir os responsáveis’ disse Moraes

Em discurso na posse do delegado da Polícia Federal, André Rodriguez, Moraes disse que o combate aos terroristas que cometeram atos de sabotagem em Brasília vai continuar e que “os órgãos vão punir todos os responsáveis”, inclusive “Aqueles que forem incentivados por ação ou inação”.

Os departamentos competentes punirão todos os responsáveis. Quem realiza essas ações, quem as financia, quem as incentiva, seja por ação ou por omissão. O ministro ordenou na segunda-feira o desmantelamento de todos os acampamentos bolsonaristas do país e as prisões de opositores ao movimento antidemocrático continuarão.

“Devemos atacar resolutamente os antidemocratas, aqueles que querem um golpe, aqueles que querem um regime especial”, disse ele.

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